Sousou no Frieren: reflexões pessoais sobre aproveitar o tempo
Frieren e a Jornada para o Além (no original, Sousou no Frieren) é uma daquelas histórias que nos faz pensar na vida. Animada pelo estúdio Madhouse – conhecido por trabalhos em Overlord e No Game no Life -, o anime conta com o design criado por Reiko Nagasawa (takt op. Destiny). A direção foi de Keiichirou Saitou (Bocchi the Rock!), enquanto o roteiro ficou a cargo de Tomohiro Suzuki (ACCA: 13-Territory Inspection Dept. e One-Punch Man). A composição musical foi de Evan Call (Violet Evergarden, Josee e The Tiger and the Fish).
Além dos designs maravilhosos, a animação fluida das lutas e dos episódios menos dinâmicos salta aos olhos de quem curte desenhos bem feitos. Os personagens são carismáticos o suficiente para que você se identifique com eles, mesmo a Frieren podendo ser considerada a “rainha da frieza” (risos).
A história começa pelo aparente final. Segundo a sinopse oficial, “a aventura acabou, mas a vida continua para uma elfa maga que está apenas começando a aprender o que é viver.” Todo o roteiro nos faz acompanhar a elfa maga Frieren em busca de entender o que a vida significa para as pessoas ao seu redor. Décadas após a vitória de seu grupo de aventureiros sobre o rei demônio, o funeral de um de seus amigos faz com que Frieren confronte sua própria quase imortalidade. Ela então se propõe a cumprir os últimos desejos de seus camaradas e se vê começando uma nova aventura ao lado de novos companheiros.
Enquanto vemos as novas aventuras de Frieren ao lado de Fern e Stark, vemos flashbacks das aventuras de seu antigo grupo, composto por Himmel, Heiter e Eisen. Sempre que um flashback era apresentado podíamos compreender melhor o que a Frieren passou e como ela tenta ressignificar seus sentimentos atuais. Nestes momentos eu fiquei pensando em como a vida e as pessoas passam rapidamente. Alguém que hoje está ao nosso lado, no momento seguinte pode não estar mais. Este fato me colocou frente a frente com a seguinte questão: “‘será que estou aproveitando o tempo presente com as pessoas em meu convívio?”
Esta não é uma pergunta fácil de responder e, às vezes, a resposta pode ser bem desagradável. Contudo, considero que seja extremamente importante fazê-la e, caso a resposta seja negativa, buscar meios de aproveitar melhor o tempo que temos com as pessoas.