Estatística: Conceitos iniciais
Matemática costuma ser o terror de muitas pessoas, especialmente no Brasil. Quando falamos sobre Estatística então, a situação parece piorar. Infelizmente este fato também é verificado em contextos universitários e muitos acadêmicos não sabem exatamente para que ela serve e ignora a sua importância para compreender melhor os dados obtidos em suas pesquisas. Conforme Bussab e Morettin (2012, p. 1), “em alguma fase de seu trabalho, o pesquisador depara-se com o problema de analisar e entender um conjunto de dados relevante ao seu (…) objeto de estudos.”
Podemos dizer de forma geral que o processo científico permite ao indivíduo observar fatos ou fenômenos e, a partir disso, produzir inferências. Em um primeiro momento, buscamos a análise exploratória de dados para obter a maior quantidade de informações possível de forma a permitir que construamos modelos plausíveis que sejam utilizados na fase seguinte, chamada de análise confirmatória de dados (ou inferência estatística).
Modelos
Quando um pesquisador (ou qualquer pessoa) se presta a analisar um conjunto de dados, ele está buscando algum padrão – ou regularidade – que seja explicitada por aquele conjunto. Chamamos este padrão de modelo. Esse modelo descreve como os dados se comportam e permite que o usemos para estimar novas entradas no conjunto de dados.

Fonte: Retirado de Gomes (2022).
Métodos Gráficos
Tradicionalmente, a análise descritiva dos dados limitava-se a calcular medidas de posição e dispersão. Contudo, a vertente mais atual propõe o uso de gráficos para apresentar os padrões obtidos a partir do conjunto de dados. Segundo Chambers et al. (1983 apud Bussab e Morettin, 2012), os gráficos são utilizados para:
- buscar padrões e relações;
- confirmar (ou não) certas expectativas que se tinha sobre os dados;
- descobrir novos fenômenos;
- confirmar (ou não) suposições feitas sobre procedimentos estatísticos usados; e
- apresentar resultados de modo mais rápido e fácil.
Aliar os métodos gráficos com os resumos numéricos normalmente apresentadas por meio de tabelas é uma prática que pode trazer consideráveis benefícios no processo de entendimento do assunto observado.
Considerações finais
O campo de estudo da Estatística é bem amplo e oferece à pessoa pesquisadora – em ambiente acadêmico ou não – ferramentas para compreender melhor o comportamento dos fenômenos que nos cercam. Funções, modelos, conjuntos de dados e gráficos são apenas alguns dos primeiros conceitos que precisamos adicionar ao nosso cotidiano para estudar esta área do conhecimento humano.
Obrigado pela leitura e bons estudos.
Referências
BUSSAB, Wilton de Oliveira; MORETTIN, Pedro Alberto. Estatística básica. 7ª ed. São Paulo: Saraiva. 2012.
GOMES, Aline Ester. In: Blog da Profa. Fernanda Maciel. Interpretando um gráfico de dispersão. Disponível em: <https://blog.proffernandamaciel.com.br/interpretar-grafico-de-dispersao/>. Accesso em: 04 mai. 2025.